Fui à delegacia registrar um BO e descobri que estava desaparecida há 11 anos.
- semeavivamento
- 21 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Costureira Descobre que Estava Desaparecida Há 11 Anos ao Registrar um BO
Dayanara Spring, uma costureira de 30 anos, passou por uma reviravolta inesperada ao registrar um boletim de ocorrência após ser assaltada. Na delegacia de Curitiba, ela foi informada de que seu nome constava na lista de pessoas desaparecidas há 11 anos.
Recém-chegada de uma viagem à China, Dayanara pensou que poderia ser um mal-entendido relacionado ao roubo de seus documentos durante a viagem. No entanto, a realidade era bem diferente: ela era considerada desaparecida desde 2008, quando uma tia fez a queixa após um episódio de rebeldia adolescente.
"Com 13 anos, decidi fugir para a casa de uma amiga. Quando a mãe dela soube, me levou ao Conselho Tutelar. Voltei para casa e segui a vida, sem saber que meu nome ainda constava como desaparecida", explica Dayanara.
Surpreendida com a notícia, ela revelou que durante todo esse tempo conseguiu tirar carteira de trabalho, CPF, passaporte e até se casou, tudo sem saber de seu status de desaparecida. Para resolver a situação, Dayanara procurou a Delegacia de Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Paraná, onde finalmente obteve um documento confirmando que não estava mais no banco de dados de desaparecidos.
Ela questionou as autoridades sobre por que seu nome ainda constava no sistema. A resposta foi que, em 2008, o registro era feito em papel e a digitalização do sistema pode ter contribuído para que a baixa não fosse feita corretamente.
A delegada Iara Dechiche comentou que casos como o de Dayanara não são comuns. "Se a pessoa comparecer à delegacia ou ao Conselho Tutelar para informar que foi encontrada, o nome deve ser retirado do sistema", disse. Ela enfatizou a importância de manter o cadastro atualizado, pois a falta de informação pode levar a problemas ao emitir documentos.
O Brasil enfrenta desafios no registro de pessoas desaparecidas. Em 2023, foram registrados 80.317 casos, mas ainda não existe um banco nacional unificado. O Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas, em desenvolvimento pelo governo federal, é uma prioridade, com previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2025.
Esse caso ressalta a importância de um sistema eficiente para a identificação e localização de pessoas desaparecidas, garantindo que erros como o de Dayanara não se repitam.
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